Não sei se já repararam que "Letras com Garfos" é, de entre os blogues individuais, um dos melhor informados. Após a notícia sobre a angolana demasiado clara para ser Miss, quero aqui deixar mais duas notas sobre postais do Orlando.
Um mostra-nos como o raciocínio fundamentalista, no caso liberal(óide), pode conduzir aos raciocínios mais absurdos e cretinos: aqui. Foi você que falou em bovinidade?
O outro é sobre o declarado iberismo de um dos ministros do executivo socialista. A bem dizer, não vejo qual é o espanto. O regime presente nasceu da traição: traição à palavra dada, traição aos compromissos seculares com outros povos - numa palavra: traição da história e da portugalidade-, e traição ao simples bom senso e honestidade na condução dos negócios públicos. De orgulhosamente independentes (dentro do que é possível a um país como o nosso) passámos a envergonhados mendicantes; tirámos os olhos do mar e virámo-los para terra: Madrid e Bruxelas; Nação e Pátria passaram a ser conceitos obsoletos, coisas de fachos e monárquicos anquilosados; e da noção de servir passou-se à noção de servir-se, sem grandes pudores. Ora esta falta de princípios traduz-se, na prática do dia a dia, na adopção das ideias que melhor estiverem à mão para alcançar esses desideratos: europeísmo, iberismo, liberalismo, socialismo, o que melhor convier ao serviço não do bem comum mas de si próprio. Daí ser evidente a coerência do ministro; o que ele fez foi falar em voz alta aquilo que outros sussurram ou guardam para si e para os seus mandatários.
terça-feira, maio 02, 2006
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5 comentários:
Essa do Mário Lino está-me atravessada...
É absolutamente horrorizado e consternado que assisto à deriva 'herética', 'heterodoxa' e 'cismática' e algo 'demagógica' do Blasfémias.
Uma pena.
No fundo, como o FSantos saberá, mais não fazem esses rapazes do que 'recuperar' as teses de Thomas Malthus, com as quais estou em desacordo.
Mesmo analisando a questão a uma luz estritamente Liberal verificamos que o que dizem não faz qualquer sentido.
Se houver cada vez menos gente quem é que vai trabalhar?
Quem é que vai produzir?
Quem é que vai criar?
Mais: quem é que vai ser consumidor e dar lucro às empresas?
As empresas, que eu saiba, vendem a alguém....Vendem produtos e serviços para PESSOAS!
Logo, se houver cada vez menos pessoas....
O raciocínio dessa rapaziada no que concerne à segurança social é também desmentido pela própria experiência dos EUA que, com taxas de natalidade continuamente MAIS ELEVADAS que as da Europa continua a ter os seus sistemas de segurança social (tanto públicos como privados) numa base sustentável.
E, já agora, se eles dizem defender tanto os sistemas PRIVADOS de segurança social então o problema não só não se poe...como eles estão a dar 'very bad news' às seguradoras, que adorariam ter cada vez mais gente a descontar.
Logo, as teses do Blasfémias, de um ponto de vista Liberal, são parte do problema e não parte da solução.
Enfim, o Balsfémias a dizer disparates....é triste.
Para desanuviar um pouco, vamos apoiar os defensores das famílias numerosas, opositores ao aborto e à emigração desregrada rezando aqui.
:o)
Caro FSantos
Muito bem observado, quer sob a perspectiva da doença do egoísmo quer do egoísmo da doença.
Que somos egoístas por natureza, já sabíamos. Que não nos queremos salvar, desconfiávamos. Que o mundo será salvo por alguns, acreditamos. A hora chegará mais cedo do que se pensa. A manada que aguente então , e paste.
Um abraço.
Em referência ao comentário do caro Bom Garfo, reproduzo aqui o meu comentário à mesma notícia em outros blogs:
«Há muito tempo que a traição à Pátria se está a desenvolver na escuridão da política nacional. Não interessam os partidos, não interessam os políticos. Eles não são «iberistas» convictos. São, isso sim, seguidores de uma agenda iberista imposta por fora. Por uma CE a quem convém uma anexação, um Anschluss de Portugal pelo seu inimigo mortal, a Espanha dominada por Castela. Por isso são traidores.
Se pegássemos no Código Penal, veríamos que os artigos sobre «atentados à soberania» dariam para condenar a penas pesadas de prisão quase todos os desgovernantes que atraiçoaram esta Nação desde o nefando 25/4. Não ter isto acontecido, prova que não estamos num Estado de Direito, mas sim numa «democracia» de fachada que apenas serve para esta gente manobrar nos bastidores.
Repare-se que, primeiro, há a destruição do Império, depois passa-se à destruição do território metropolitano. É a «reforma agrária», a destruição sistemática e agora acelarada de todo o tecido social, industrial e comercial, de toda a estrutura do Estado.
O denegrir do poder judicial, mediante ataques inauditos num Estado que se preze.
A destruição do ensino, fechando cerca de metade dos estabelecimentos escolares (desde a primária ao secundário), deslocando os professores de cá para lá para os desmotivar, impedindo os alunos de ter uma formação digna.
A implementação de um estado de terror policial, em que se utiliza a polícia para extorquir dinheiro à população através de multas e coimas, esmagando-a com uma vigilância cada vez mais opressiva, incidindo em especial sobre os nacionalistas, os Portugueses que querem lutar pela Pátria.
O fecho de maternidades, especialmente da raia, para obrigar as populações a irem ter os filhos a Espanha, de modo a diluir a nacionalidade.
A venda sistemática de todos os meios essenciais de produção a empresas espanholas.
O aumento desmesurado de impostos sobre tudo e sobre todos (que não os traidores), acompanhado por uma maciça campanha de imprensa onde se carpe o miserabilismo da «falta de dinheiro» (quando a Segurança Social tem tido lucros milionários) e, ao mesmo tempo, se diz que «em Espanha é mais barato», preparando a opinião pública para uma anexação.
Uma série de outras «traiçõezinhas», como a de substituir temporariamente (nos finais da década de 90) a PSP e a GNR pela Guardia Civil espanhola em zonas junto à fronteira, como em Monção e Melgaço, ou de dar a partida para a «Volta à Espanha em bicicleta» em Lisboa, junto aos Jerónimos...
Seria fastidioso continuar a enumeração das pequenas e grandes traições a este País amado. Mas, pergunto: Se isto não é uma agenda, o que a será?
Por fim, não quero com isto dizer que não respeite a Espanha, como respeito a soberania de qualquer outro país, pois só se pode respeitar os outros se respeitarmos e amarmos o nosso País. Soberano, livre de intrusões, livre de ultimatos, livre de anexações, livre de Comissões Europeias.
É um dever que temos para com a Pátria, lutarmos por ela, expulsarmos os novos Miguéis de Vasconcellos, expulsarmos os espanhóis (aqueles que nos querem anexar, não os que nos respeitam), expulsarmos os europeístas, os globalistas, para voltarmos a sermos nós próprios. Como diz o nosso hino, composto aquando do ultimato britânico (e não da República): «Às armas, às armas, pela Pátria lutar!»
É a hora. De todos os Patriotas. »
Aos comentadores e, especialmente, ao Dono desta Casa, as minhas desculpas pela extensão do comentário, mas creio ser importante frisar o que escrevi.
Eu é que agradeço tão oportuno comentário.
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