Há blogues e blogues. Há blogueiros e blogueiros. Há quem escreva mal, há quem escreva benzinho e há quem escreva com superlativa qualidade, mestria, domínio da língua e variado vocabulário. Mas também há quem escreva bem e não tenha nada de especial a dizer, ou diga coisas que mais valia ficarem na antecâmara do "edit post".
E depois há os poucos que escrevem muito bem e têm uma visão aguda do que os rodeia, que mostram inconformismo na análise e desconformidade actuante com os cânones "aceitáveis" do seu tempo. E se, a estas qualidades, somam um soberbo sentido de humor, sabemos que estamos na presença de um blogue indispensável (ou incontornável, na horrorosa expressão da Novilíngua).
É este o caso do "Nova Frente" e do seu autor Bruno, que tenho o prazer de conhecer, embora o veja ao sabor de "jantares mensais que se realizam semestralmente", na sábia expressão do mesmo. A Antília, editora que nos trouxe já duas obras póstumas de Rodrigo Emílio, prossegue na senda da excelência, dando oportunidade ao blogue que se aproxima dos três anos de vida de mostrar em suporte papel a excelência da sua escrita.
Como é óbvio, estamos longe dos "blogues tornados papel" impregnados de textos que reproduzem ad nauseam as litanias politicamente correctas prontas a servir a leitores pouco exigentes. A escrita do Bruno é acutilante, nunca deixa o leitor indiferente, incomoda, suscita críticas (favoráveis e desfavoráveis), tem a inquietude dos homens livres que só descansam se disserem o que têm a dizer.
A pena do Bruno teria tudo para fazer dele um homem de letras idolatrado pelo regime, bastava que a usasse ao serviço daquele. Coisa que um espírito independente rejeita e não há euros que o demovam; coisa também rara nos tempos que correm, está bem de ver. Céline, um dos mestres do nosso blogueiro, dizia que, se quisesse, podia ter sido o grande escritor de "gôche"; e nós acrescentamos que, com o seu talento, era entrada certa na Academia Francesa, estudo obrigatório nos liceus, programas especiais na televisão, estátuas e toponímia. Garantido. Mas o homem era livre e livre morreu. O nosso Bruno também é fiel às suas ideias e não aos holofotes da fama e ao vil metal. Por isso o respeitamos e o lemos. Por isso "os outros" o ignoram (com mal disfarçada inveja) e vão ocultar este lançamento editorial de excepção. Cabe-nos a nós contrariá-los nos seus intentos, lendo-o e divulgando-o.
E depois há os poucos que escrevem muito bem e têm uma visão aguda do que os rodeia, que mostram inconformismo na análise e desconformidade actuante com os cânones "aceitáveis" do seu tempo. E se, a estas qualidades, somam um soberbo sentido de humor, sabemos que estamos na presença de um blogue indispensável (ou incontornável, na horrorosa expressão da Novilíngua).
É este o caso do "Nova Frente" e do seu autor Bruno, que tenho o prazer de conhecer, embora o veja ao sabor de "jantares mensais que se realizam semestralmente", na sábia expressão do mesmo. A Antília, editora que nos trouxe já duas obras póstumas de Rodrigo Emílio, prossegue na senda da excelência, dando oportunidade ao blogue que se aproxima dos três anos de vida de mostrar em suporte papel a excelência da sua escrita.
Como é óbvio, estamos longe dos "blogues tornados papel" impregnados de textos que reproduzem ad nauseam as litanias politicamente correctas prontas a servir a leitores pouco exigentes. A escrita do Bruno é acutilante, nunca deixa o leitor indiferente, incomoda, suscita críticas (favoráveis e desfavoráveis), tem a inquietude dos homens livres que só descansam se disserem o que têm a dizer.
A pena do Bruno teria tudo para fazer dele um homem de letras idolatrado pelo regime, bastava que a usasse ao serviço daquele. Coisa que um espírito independente rejeita e não há euros que o demovam; coisa também rara nos tempos que correm, está bem de ver. Céline, um dos mestres do nosso blogueiro, dizia que, se quisesse, podia ter sido o grande escritor de "gôche"; e nós acrescentamos que, com o seu talento, era entrada certa na Academia Francesa, estudo obrigatório nos liceus, programas especiais na televisão, estátuas e toponímia. Garantido. Mas o homem era livre e livre morreu. O nosso Bruno também é fiel às suas ideias e não aos holofotes da fama e ao vil metal. Por isso o respeitamos e o lemos. Por isso "os outros" o ignoram (com mal disfarçada inveja) e vão ocultar este lançamento editorial de excepção. Cabe-nos a nós contrariá-los nos seus intentos, lendo-o e divulgando-o.
2 comentários:
Ui, a ideia Desta Pena ao serviço do regime deu-me cá um calafrio! Se, por artes do Demo essa hipótese absurda acontecesse, era razão mais do que bastante para me fazer sócio do Belenenses!
Abraço, na comunhão dos admiradores.
Para um escritor brilhante , uma crítica brilhante!
Parabéns aos dois.
Um abraço.
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