«Sejamos realistas: a função primordial da TF1 é ajudar a Coca-Cola, por exemplo, a vender o seu produto. Mas para que uma mensagem publicitária seja apreendida é necessário que o cérebro do tele-espectador esteja disponível. As nossas emissões têm como objectivo assegurar essa disponibilidade, divertindo e descontraindo o espectador para o preparar entre dois anúncios. O que vendemos à Coca-Cola é tempo de cérebro humano disponível (sic). Não há nada mais difícil que obter essa disponibilidade. Aí reside a mudança permanente. É preciso procurar permanentemente os programas de sucesso, seguir as modas, surfar (re-sic) as tendências.»
Não se pode criticar Patrick Le Lay pela falta de franqueza. Com estas declarações, o patrão da cadeia de televisão francesa TF1 demonstra a que ponto de indigência mental se pretende reconduzir os cidadãos consumidores, tornados cordeirinhos e abastecedores das contas bancárias do big business.
1 comentário:
Caro amigo, sobre esta matéria, e com respeito directamente ao caso francês, parece ser interessante a leitura de "Le Livre Noir de la Télévision", de Michel Meyer, que ademais é escrito por alguém que está dentro do sistema e portanto o conhece muito bem.
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