segunda-feira, maio 21, 2007

Portugal mais plural - e menos Portugal

Nada acontece por acaso. Ontem, o primeiro ministro «presidiu à entrega de um certificado de nacionalidade, uma bandeira e a Constituição da República Portuguesa a 324 novos cidadãos portugueses, beneficiários da nova Lei da Nacionalidade», tudo em nome do "melhor que Portugal tem para dar ao mundo" (sic) e da palavra mágica "inclusão". Para a malta que nos governa, para se ser português basta ter os pais a residir em Portugal há cinco anos; é o plano quinquenal da aquisição de nacionalidade. Note-se que, desde que a nova lei da Nacionalidade entrou em vigor, a 15 de Dezembro de 2006, foi concedida a nacionalidade portuguesa a pessoas com origem em Cabo Verde, Guiné-Bissau, Angola, Brasil, Rússia, Roménia, Moldávia, China, Índia, São Tomé e Príncipe, Ucrânia, Paquistão, Bangladesh, Holanda e Marrocos. Portugal rima com plural mas isto é uma completa Babilónia. Vence a ideologia maçónico-jacobina do "cidadão", a única nacionalidade que verdadeiramente interessa a quem nos governa.
Como uma desgraça nunca vem só, hoje o senhor Rui Marques, o Alto Comissário para as Migrações e Minorias Étnicas português (notável a precisão da nacionalidade do komissar por parte do "Sol"), vem defender o direito de voto para os imigrantes pois estes «devem participar na vida democrática e ser co-responsáveis pelo futuro», tendo em vista - adivinham? - a inclusão. Este Rui Marques é o mesmo que, em brochuras editadas pelo nosso governo - portanto pagas por todos nós, os tansos fiscais -, defende que a identidade portuguesa é melhor defendida promovendo-se a miscigenação.
Devagarinho, devagarinho, aumenta a facilidade com que se adquire a nacionalidade e outros direitos, numa paridade tendencialmente total entre portugueses (seja lá o que isso queira dizer hoje em dia) e imigrantes e seus descendentes. Qualquer dia os filhos de imigrantes adquirem a nacionalidade portuguesa logo que nasçam, os imigrantes podem votar em todas as eleições, se calhar até passam a ter mais direitos que os nativos, em nome da inclusão e da discriminação positiva. E quiçá iconoclastas como este que se assina são banidos da sã convivência democrática e inter-cultural - em nome da inclusão, claro.

3 comentários:

Nuno Adão disse...

Caro FSantos, parafraseando Julius Evola, o acelarar do chamado progresso é benéfico, porque, quanto mais rápido andar, mais depressa também irá cair!

Cumprimentos

Marcos Pinho de Escobar disse...

Meu Caro FSantos,
O objectivo é claríssimo: destruir este estorvo chatíssimo que dá pelo nome de "nação". Abolição de fronteiras, imigração-invasão, "nacionalizazão" em massa. Um governito único a ditar as regras e pronto! Lá se vai o estorvo.

Anónimo disse...

Não há razões para preocupação. Com a nacionalidade passam-se logo para destinos mais lucrativos. Têm a Europa toda à mão de semear...

O Corcunda