Por muito que este regime proclame o seu apego à liberdade, é dia a dia mais notório o seu efectivo empenho em a combater. Seja pela acção do SIS, sempre dedicado a espiolhar as actividades dos que incomodam o sistema, seja pela transposição da directiva comunitária que o Conselho de Ministros aprovou hoje e que «impõe a conservação de dados gerados nas comunicações electrónicas».
Sendo assim, a partir de agora os operadores de comunicações têm que manter durante um ano todos os registos de comunicações efectuadas. Bem podem "acalmar-nos" e assegurar que «a proposta não visa o conteúdo das comunicações (sic), mas dados que permitam identificar os intervenientes nas comunicações e o local onde estas foram realizadas», ao mesmo tempo que «estes dados só podem ser acedidos se em causa estiverem crimes que admitam a intercepção e gravação do conteúdo de comunicações (à luz do código penal) e sempre com autorização de um juiz».
Na prática, bastando a autorização de um juiz, qualquer burocrata sem rosto pode ter acessso ao registo de todas as chamadas telefónicas (fixas ou móveis) e e-mails de quem quer que seja suspeito de infringir o código penal.
Mas se todos podemos pôr a cruzinha de quatro em quatro anos de que é que nos queixamos?
segunda-feira, dezembro 10, 2007
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3 comentários:
Bem, Meu Caro,
espero que atentem também no conteúdo das minhas, aprenderão muito. E já me deixei de(ssas) cruzes.
Abraço
Meu Caro:
Como diz o meu Caríssimo Amigo Réprobo, acho que tal desespero controlista de tudo espiolhar tem as suas vantagens, começando por instruir os SIStémicos no muito que não sabem, diminuindo-lhes a ignorância e a falta de cultura que lhes são apanágio. Depois, esses SIStémicos também vão aprendendo que a política de gestão de mentira que aplicam às carradas não surte o efeito desejado, e que não temos medo de falar mal deles, antes pelo contrário.
É que ser odiado por quase toda a população e tomar consciência disso deve ser lixado... E é o que lhes está a acontecer. Bem feito!
Também como o meu Caríssimo Amigo Réprobo, há muito que me deixei da palhaçada dessas cruzinhas demo-cráticas.
Abraço
De que me queixo? de nada...
Não voto, e se quiserem ouvir as minhas chamadas, pois façam o favor, quantas vezes os insulto, aos tais a quem não dou o meu voto!
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