Não vi, ontem à noite, na RTP1 (em horário nobre...), o documentário sugestivamente intitulado "Como os BuraKa recriam o Kuduro", e dedicado aos «Buraka Som Sistema, projecto que une produtores musicais portugueses e angolanos. Juntos desde 2006, exploraram o kuduro, ritmo angolano pouco valorizado, mas muito dançado pelos jovens dos subúrbios de Lisboa».
O canal público, no seu site oficial, evoca «uma visita ao mundo das danças africanas e à mistura cultural da grande Lisboa. Retrato contemporâneo que contrasta com o estereótipo português do fado e da melancolia. Porque para milhares de pessoas fazer a festa é um imperativo… e celebrar a liberdade da dança uma saborosa descoberta».
Já que se fala em estereótipos, esta breve nota não tem falta deles, estereótipos politicamente correctos, está bem de ver: "mistura cultural", "fado" e "melancolia". Um incentivo a que os portugueses abandonem o seu perfil taciturno e abracem a "festa" que nos trazem os angolanos.
Está explicado o horário nobre.
3 comentários:
Cruzes...
Tudo isto é apenas a expressão da revolta da juventude, legítima, pelas humilhações e opressão de que têm sido vítimas por parte do imperialista bush e da sociedade imperialista americana.
uéh?!
T'asse bem, brader!
Kuduro? Iá meu.
Som da minha terra, da minha gente, da minha povo.
Nelson afro-anónimo
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