O horizonte ao nosso alcance

Cansado do "Santos da Casa" e, sobretudo, por ultimamente não conseguir fazer face aos objectivos que para ele tinha delineado (actualizações frequentes, análise literária, digressões sobre música clássica, relatos de viagens, impressões políticas, polémicas), fui impedido por algumas dezenas de leitores amigos de interromper a minha produção blogueira.
Abraçando a sugestão do meu estimado BOS de colocar textos em linha com menor frequência, quando me apetecer, sem obrigações que não a vontade de escrever, decidi-me por criar um novo blogue, este "Horizonte" que tendes diante de vós.
Ainda hesitei em manter o anterior blogue, sobretudo pela maçada que ter um novo provoca aos que se dão ao trabalho de fazer "links" nos seus blogues. Mas o anterior projecto findara. 521 dias depois, 796 postais editados. Tempo de nova colheita.
"Horizonte", porquê? Para além de uma piscadela de olho mais ou menos subtil ao meu amigo e comentador Legionário, o horizonte perspectiva-se bem longe perante o nosso olhar, aparentemente alcançável. O aparentemente tem então o significado da humildade que se deve ter em qualquer empresa, com a noção das realidades bem presente. Utopia é uma palavra que este vosso amigo abomina, por fazer tábua rasa das realidades, legitimando ó quantas vezes as mais absolutas insanidades em nome de um "ideal". Por isso, o nosso horizonte é o dos sonhos não irreais; das realidades possíveis; do respeito pela natureza (do homem e em sentido amplo); do amor à arte e ao belo; do respeito por o que de melhor nos legaram os nossos antepassados, plasmado no substantivo de largo alcance "Tradição"; pela crítica impiedosa e sempre que possível serena dos vendilhões de ontem, hoje e sempre, dos que trabalham em prol de "amanhãs" que destroem o que gerações construiram laboriosamente; e da amizade.
Com efeito, sem a vossa amizade, este "Horizonte" nunca teria surgido do nada virtual para se postar diante de vós, à espera da vossa crítica, dos vossos comentários. E serenamente ansiando que não tenha sido em vão que viu a luz do dia. Com a vossa amizade, também, este vosso criado reconquistou de súbito o gosto da escrita.
Naveguemos, então, rumo a...