segunda-feira, julho 17, 2006

O prémio

Fonte bem informada fez chegar à nossa redacção a notícia de que a Embaixada de Israel em Portugal, deveras comovida e impressionada com a defesa intransigente da sua acção defensiva em curso na Faixa de Gaza e no Líbano por parte de muitos blogues portugueses, conta instituir um prémio para o melhor blogue pró-israelita. O galardão, que se intitulará Prémio Esther Muncznik, será atribuído anualmente ao blogue português que mais se distinga na defesa intransigente do estado de Israel e do seu inalienável direito de destruir à sua volta tudo o que necessário for para assegurar a preeminência do estado sionista na região.
Segundo a mesma fonte, a dificuldade em atribuir o prémio está na enorme variedade de blogues "ao serviço" de Israel, nas palavras textuais da mesma.
Ao vencedor será entregue uma estrela de David em prata, assente numa base onde se poderão ler as imortais palavras de dois sionistas intransigentes:
- de Achad Haam: «Todos sabem, como axioma natural, que, na escala da criação, há diversos graus: os minerais, as plantas, os animais, os homens e, em cima, os judeus.»
- de Isaac-Adolphe Crémieux: «A nossa causa é grande e santa, o seu sucesso é certo. Aproxima-se o dia em que Jerusalém será o lar de orações para os povos unidos e onde a bandeira do monoteísmo judeu adejará sobre as cidades mais longínquas. Utilizemos tudo! A nossa força é grande, empreguemo-la! Que devemos recear? Não está longe o dia em que todas as riquezas do mundo pertencerão exclusivamente aos judeus. Um novo reino messiânico, uma nova Jerusalém deve substituir os reinos dos imperadores e dos papas!»

7 comentários:

vs disse...

Tenho ficado para trás nos últimos dias, mas penso ainda ser possível recuperar a já grande desvantagem.
A ver vamos. :)

obs - a recolha 'cirúrgica' de citações, uma de um fanático de um micro-movimento e outra completamente 'descontextualizada' é sintomática e, mais uma vez, num esforço de enorme, vou-me conter (uma 'arte' que estou a aprender).
De qualquer forma, se quiser fazer um 'competição' de citações ao longo dos séculos de fanáticos e integristas lá nas hostes dos seus 'amigalhaços-coitadinhos-desde-Poitiers-oprimidos' é só dizer. Tenho aqui umas arrobas delas.

Mas, se quer citações, aqui vai uma:

"The Christians of the East are subjected to the most horrible persecution. Tortures, rape, assassination, pillage, burning, the murder of women, children, and old people, even mutilation of corpses—such is the picture presented by the whole region of the Lebanon. Blood is shed; misery and famine are spreading among a dense population, whom Mohammedan fanaticism is destroying in a war even against the intention and forces of the Turkish government, and whose sole crime is that they worship the Christ. French Jews, let us be the first to come to the aid of our Christian borthers; let us not await the results of diplomacy, which is always so slow and which will regulate the future; let us alleviate present needs. Let a large subscription be begun to-day in Paris, and let a Jewish committee be organized to-morrow. Do not let us lose one day, one hour; let the signal for abundant relief be given in the midst of this Jewish assembly, gathered in this capital of civilization. This signal will be answered by our brethren in England, Germany, Belgium, Holland, and all Europe; in the countries that recognize them as citizens, and in those that still refuse them this noble title. You, also, Jews of the American countries where religious liberty is triumphant, you will help the Catholics of Asia, who are so cruelly oppressed by superstition. Let the rich Jew bring his large offering, and the poor Jew his pious obolus. But a still greater thought shall rise from this first impulse. Who knows? Perhaps God, who rules over all, has permitted these catastrophes in order to give a solemn occasion to all the cults to aid one another, for mutual defense against the furious hatreds, the daughters of superstition and barbarity.A permanent committee in every country, with eyes open for all the victims of fanaticism, without distinction of religion, must be created and supported. The misfortunes that fall at this moment upon so many innocent victims arouse the sympathy of all. They suggest the thought of a future protection against this scourge, which our century repudiates with horror—religious persecution."

ISAAC ADOLPHE CRÉMIEUX, 1860, Appeal in behalf of the Christians of Lebanon

Comigo não FSantos, comigo não...
Se quiser mais, há mais.
É só dizer.

Flávio Santos disse...

Não vale a pena vir com essa dos "amigalhaços". Para si, como para Vasco Gonçalves ou George W. Bush, ou se está contra ou a favor, não percebe que se pode criticar a inanidade israelita sem que isso signifique que se apoie outros movimentos fanáticos. Mas esse argumento dá-lhe sempre jeito para colar etiquetas. Um curioso tique leninista.
O discurso, que diz descontextualizado, do sr. Crémieux foi proferido aquando da fundação da Aliança Israelita Universal. O referido personagem era Grão-Mestre do Rito Escocês Antigo e Aceite (33º). Reunia todas as condições para ser do seu agrado.

vs disse...

Como sempre, a 'fugir' do assunto.
Quando é este assunto.

Quanto a citações, pelos vistos, não se sente incomodado.

" referido personagem era Grão-Mestre do Rito Escocês Antigo e Aceite (33º). Reunia todas as condições para ser do seu agrado."

Porquê do 'meu agrado'??
Santa paciência.

Nuno Adão disse...

Como divindade Egípcia, devo dizer que o prémio já tem dono, não tivessem os deuses egípcios servido como fonte de saber para a "nova" religião, agora muito, muito antiga?

Anónimo disse...

Pff, só falta então um galardão de "Melhor Blog Imparcial" e "Melhor Blog Pró-Palestiniano"... mas é claro que apoiar Israel é digno de louvor mas se levantamos a voz para defender as vitimas civis libanesas ou palestinianas logo nos apelidam de filo-terroristas. Bah.

Anónimo disse...

SEmpre a mesma ladaínha! Quem é contra os «narizes grandes» é logo etiquetado de nazi, anti-semita ou, e esta é agora a preferida, «terrorista». Creio bem que quem está a ser terrorista são os doutos personagens que gostam de aplicar estas etiquetas.
Nunca fui a favor de extremismos ismaelitas, mas reconheço que qualquer povo tem o direito de resistência, libaneses e palestinianos incluídos.

E quanto a citações, basta lermos o que escreveu Theodor Herzl para ficarmos esclarecidos. O «Mein Kampf» é um portento de brandura e aceitação da pluralidade ao pé disso.

Anónimo disse...

Very nice site! » »