domingo, agosto 20, 2006

De Kofi Annan e outros criminosos

A história é conhecida: em 1994, 800.000 pessoas foram massacradas no Ruanda, a maior parte da minoria tutsi mas também todos os hutus que se opuseram à matança foram chacinados. O realizador britânico Roger Spottiswoode está neste momento a rodar in loco um filme sobre estes trágicos acontecimentos, baseado nas memórias no general canadiano Romeo Dallaire, à época comandante da força de manutenção da paz da ONU no Ruanda.
Ainda hoje Dallaire não se conforma com o papel passivo que foi obrigado a manter enquanto testemunhava os massacres. Até porque avisara os seus superiores do que se estava a preparar, tendo até identificado vários locais onde estavam armazenadas armas que viriam a ser utilizadas pelos assassinos; propôs então a Kofi Annan (que era o responsável máximo da ONU para as missões de manutenção da paz) que se apreendessem as mesmas, tendo o actual secretário-geral da ONU vetado a operação.
Já com o genocídio a decorrer, Dallaire implorou por um reforço do número de capacetes azuis, tendo em contrapartida ocorrido uma diminuição, de 2500 para 450... Os EUA proposeram a disponibilização de 50 carros armados, mas com a condição de que se pagasse 9 milhões de dólares adiantadamente; a Grã-Bretanha disponibilizaria 50 veículos obsoletos, também a pagar antecipadamente... A França, esse grande país de altos princípios morais, fornecera armas, que enchiam por completo um avião, ao regime assassino, pouco antes de começar a matança.
A martirizada nação africana vai fazendo a sua catarse do genocídio. Muitos dos que participam no filme de Spottiswoode foram testemunhas dos factos e da equipa de produção faz parte um psiquiatra. Muitos figurões deste mundo, sem vergonha na cara, vão passando bem sem a ajuda de psiquiatras.
(Baseado num artigo da edição em papel do "Daily Telegraph" de 11/08/2006.)

4 comentários:

Rafael Castela Santos disse...

Así se escribe la historia.
En cuanto a lo de Francia en África ... mejor ni hablar.
Claro que Inglaterra ...
Un cordial abrazo,

Nuno Adão disse...

Amigo Fsantos, se fosse só este genocídio, que ocorrera, mas não, foram muitos mais ocultados pelos amigos da pinga da ONU, e com a cumplicidade dos restantes países.

Resta proclamar o reino da hipocrisia!

Cumprimentos

Anónimo disse...

Éh Pá!
T'ás moreno!

Pergunta aí ao pessoal da disponibilidade para o dia 16 de Setembro (sábado - almoço)!?
Preciso saber com quantos se pode contar para ver se vale a pena marcar mesa.

Legionário

vs disse...

Venho deixar aqui o meu protesto pelas vis insinuações que aqui vejo feitas sobre a França.
A França, como todos sabemos, é um país cuja acção é caraterizada pelo desinteresse, pelo mais completo despojamento, pelo mais luminoso humanismo e pela bondade mais pura.
Por isto tudo, assite à França o inalienável direito de 'atirar pedras' a ingleses, americanos, israelitas, etc, etc....


Nos últimos dias podemos observar o portentoso papel que a França desempenha quando fica 'encarregue' de algo. Um primor!

Se reperarem e investigarem bem, certamente chegarão á conclusão que o que é imputado à França é, certamente, obra das terríveis forças 'nazi-sionistas', 'buSShistas', 'imperialistas', i.e., os de sempre.
Convem nunca olvidar o raciocínio dos 'eruditos-intelectuais-correctinhos-e-dos-manifestantes-humanistas-em-frente-às-embaixadas-do-costume que tudo o que de mau (ou simplesmente) duvidoso que acontece no mundo é obra do (tenebroso) eixo EUA-Reino Unido-Israel.