Vai custando assistir à decrepitude da III República, por entre escândalos, corrupção, desvio de fundos, pouca ou nenhuma preocupação pelo destino da Nação - e falsificação histórica. Repugnante a forma como se fabricam heróis a preceito. Humberto Delgado é um exemplo. Aqui o vemos, em musculada exibição de fé fascista, numa fotografia com que o Engenheiro deu o pontapé de saída do seu blogue, há coisa de ano e meio. Também publicou um excerto de um artigo de Jesus Suevos, onde este relatava as impressões que lhe tinha causado o seu encontro com o então capitão Humberto Delgado: «Expressava-se com grande veemência e pareceu-me pouco prudente, pois sem encomendar-se a Deus nem ao diabo começou a dizer-me que achava o regime português “pouco fascista”. Confessou-me que admirava Mussolini e que lhe parecia necessário “endurecer” a Legião portuguesa e, sobretudo, a Mocidade. O agora chefe da oposição “democrática” ao Estado Novo edificado por Salazar cria que ainda havia demasiadas reminiscências liberais nas junturas das instituições e fórmulas do novo regime, e advogava “maior força e severidade”.»
quarta-feira, outubro 04, 2006
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3 comentários:
Um fartote! E urge divulgar, pois ainda há muita (boa) gente que não sabe.
Oh, po'ró Delgado tão feliz de braço no ar! Alguém me sabe dizer onde posso encontrar esse título de lavra delgadista que é "A pulhice do "homo sapiens""? Suspeito que vou gostar muito de o ler...
A 'sociedade filarmónica dos comemorativos' no seu melhor! Agora andam a organizar um campeonato sobre o 'melhor português', uma espécie de sessão de 'óscares', com uma daquelas apresentadoras do regime.
Um abraço.
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