No domingo passado, de visita à Feira de Antiguidades de Belém (que se realiza no primeiro domingo de cada mês), tive a felicidade de adquirir "As Lágrimas Ancoradas à Sombra do Amor", de Rodrigo Emílio, que ainda assinava Rodrigo de Mello, Filho. Este "ciclo lírico" recebeu o Prémio de Poesia de 1963 do Concurso de manuscritos do SNI.
O que é mais notável na edição que adquiri, em muito bom estado, é conter uma dedicatória do autor à recentemente falecida Natércia Freire. Reza assim a mesma:
«A Natércia Freire, um dos maiores nomes vivos da Poesia Portuguesa, ofereço este pequeno testemunho de uma grande amizade admiradora.
Sublinhando que se trata de um [ilegível] de versos escritos entre os 12 e os 17 anos, requere indulgência, o
Rodrigo de Mello, Filho.»
Sem indulgência e com saudade admiradora, aqui deixamos "Doem-me os lábios":
Doem-me os lábios
De não te poder dizer
Como os meus olhos me doem
De não te ver
De não te poder dizer
Como os meus olhos me doem
De não te ver
Tão doridos (de te pedir)
Como os meus ouvidos
O estão
De não
Te ouvir...
1 comentário:
Mantenho com o Rodrigo longas conversas no MSN.
Tive o prazer de conhecer toda a família, nalgumas vistas que fiz a Parada de Gonta.
Enviar um comentário