quarta-feira, outubro 04, 2006

Rodrigo de Mello, Filho

No domingo passado, de visita à Feira de Antiguidades de Belém (que se realiza no primeiro domingo de cada mês), tive a felicidade de adquirir "As Lágrimas Ancoradas à Sombra do Amor", de Rodrigo Emílio, que ainda assinava Rodrigo de Mello, Filho. Este "ciclo lírico" recebeu o Prémio de Poesia de 1963 do Concurso de manuscritos do SNI.
O que é mais notável na edição que adquiri, em muito bom estado, é conter uma dedicatória do autor à recentemente falecida Natércia Freire. Reza assim a mesma:
«A Natércia Freire, um dos maiores nomes vivos da Poesia Portuguesa, ofereço este pequeno testemunho de uma grande amizade admiradora.
Sublinhando que se trata de um [ilegível] de versos escritos entre os 12 e os 17 anos, requere indulgência, o
Rodrigo de Mello, Filho.»
Sem indulgência e com saudade admiradora, aqui deixamos "Doem-me os lábios":
Doem-me os lábios
De não te poder dizer
Como os meus olhos me doem
De não te ver

Tão doridos (de te pedir)
Como os meus ouvidos
O estão
De não
Te ouvir...

1 comentário:

Vítor Ramalho disse...

Mantenho com o Rodrigo longas conversas no MSN.
Tive o prazer de conhecer toda a família, nalgumas vistas que fiz a Parada de Gonta.