Só hoje, dia 5, pude finalmente visitar o 17º Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, sito este ano no nóvel Fórum Luís de Camões, na Brandoa.
A exemplo de anos anteriores, o festival prima pela excelente utilização dos espaços e imaginativa exposição dos trabalhos.
O tema da edição deste ano é "17 Graus Periféricos e o Resto do Mundo", sendo o prato forte a banda desenhada de paragens menos divulgadas: América Latina, África Subsahariana, Maghreb e Europa de Leste.
A exemplo de anos anteriores, o festival prima pela excelente utilização dos espaços e imaginativa exposição dos trabalhos.
O tema da edição deste ano é "17 Graus Periféricos e o Resto do Mundo", sendo o prato forte a banda desenhada de paragens menos divulgadas: América Latina, África Subsahariana, Maghreb e Europa de Leste.
Da América Latina destacam-se os desenhadores argentinos, de que sobressaem os clássicos José Luís Salinas (que veio a trabalhar nos EUA - é o autor de Cisko Kid) e Arturo del Castillo (que teve boa divulgação entre nósno "Mundo de Aventuras"). A BD mexicana e cubana exposta era, sem surpresa, claramente ideológica (escusado dizer em que sentido).
O mais notável na mostra deste ano, que também inclui trabalhos de autores portugueses contemporâneos, é a BD do Maghreb: Argélia, Marrocos e Tunísia. Graficamente atraente, traço muito aperfeiçoado, sentido dramático - os autores expostos impressionaram-me deveras.
Um trabalho argelino mostra o terror quotidiano ao tempo da guerra civil dos anos 90; um indivíduo que receia sair de casa por ver duas pessoas com ar suspeito à porta:
« - Serão polícias ou terroristas?
- Não sei, têm todos o mesmo aspecto.»
Ou esta reflexão: «cada dia que passa é um dia ganho sobre a morte».
Apesar de a localização parecer extravagante para muitos e vós, a exposição está num local de fácil acesso para quem vem de Benfica ou da Amadora e o Fórum tem um vasto parque de estacionamento. Até às 23 horas de hoje ainda vão a tempo.
1 comentário:
É vergonhoso, estou há quase 5 anos em Lisboa e nunca fui ao Festival de BD... logo eu que já fui um aficcionado...
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