quinta-feira, janeiro 11, 2007

Podemo-nos rir de Hitler?

A interrogação acima poderá parecer estranha ao comum dos mortais dotado de algo que vem rareando cada vez mais: bom senso. No entanto, a edificação do dogma da "monstruosidade hitleriana" a isso obriga a quem se dobra perante os ditames do politicamente correcto. Com um efeito curioso: em Hitler não se toca, a sua imagem oficial é inatacável. Debate aberto sobre o personagem: nem pensar.
Um filme estreado recentemente, "Mein Führer", vem relançar a lancinante questão que se põe aos jornalistas e demais fazedores de opinião. O facto de se tratar de uma comédia, e mesmo considerando a origem judaica do realizador, levou a que a película não caísse nas boas graças gerais. O filme poderá ser fracote ou mesmo anedótico, não sei, mas é expressivo que sessenta anos após a morte do líder nazi ainda seja tabú falar-se dele de uma forma diferente da solenidade inerente à caracterização de um "monstro".

2 comentários:

JSM disse...

Caro FSantos
O dogma em que assenta a felicidade dos herdeiros do pós-guerra é, como sabe, o holocausto. É uma moeda com duas faces, inevitávelmente, mas é a mesma moeda. Os bons e os maus, os anjos e os demónios, o eixo do bem e o eixo do mal, os vencedores e os vencidos. Hitler é a outra face da moeda, consta da ùltima versão do génesis, escrita e mandada imprimir pelos novos deuses da terra.
Se tiver dúvidas contacte-me que eu envio-lhe um exemplar.
Um abraço.

acja disse...

Hiltler foi antes de qualquer julgamento e ou manipulação o líder de uma das maiores nações da Terra, somento por isso já mereçe respeito.
É óbvio que este tipo de manifestação deve suscitar escaramuças.