quinta-feira, janeiro 04, 2007

Uma proposta à vossa consideração

Há uns tempos, a propósito das virtualidades deste e outros blogues nacionais, escreveu-me um leitor e amigo o seguinte: «Se queres que te diga a verdade creio que há q.b. de blogues de Direita e, pelo menos para mim, é-me impossível lê-los a todos com regularidade; no último ano, quanto muito, acrescentei 3 ou 4 blogues aos meus Favoritos. E, de facto, muitas vezes há uma certa repetição dos temas e das questões abordadas: quase todos referem as datas históricas; as conferências de A, B ou C; a saída da revista Alameda Digital, etc.
A ideia que pairou em tempos sobre fazerem um blogue comum parecia-me boa e não sei porque não medrou.»
O nosso amigo levanta várias questões importantes, que devem ser alvo de reflexão.
Assim:
- datas históricas: parece haver um certo cansaço e sensação de repetição, tanto por parte de leitores como de autores. Já "todos" sabem que no dia 3 de Janeiro se vai falar de Drieu, a 6 de Fevereiro de Brasillach, a 25 de Abril de Benito Mussolini, a 27 de Maio de Céline, a 28 de Maio do 28 de Maio, a 18 de Julho do Alzamiento, etc., etc. Mas se se fala dessas datas é porque elas têm um significado que achamos eterno e representam um exemplo para as gerações mais novas. E depois, se não formos nós a falar delas, quem o fará? A omissão representa pontos a favor do sistema;
- conferências, Alameda Digital, etc.: a questão é a mesma, fugir ao bloqueio do silêncio, divulgar iniciativas louváveis e promover a informação alternativa. Como os leitores da nossa área, embora escassos, são fiéis e comuns a vários blogues, acabam por ter que ver as mesmas referências várias vezes, o que só se evita com a sugestão do nosso amigo: um blogue colectivo.
Continuo a ver vantagens e inconvenientes nessa solução, que de resto já convosco partilhei e discuti.
No que aparentemente nunca ninguém pensou foi na criação de um blogue colectivo UNICAMENTE dedicado à divulgação de iniciativas nacionais, sejam encontros, conferências, colóquios, edições, etc. Um blogue meramente informativo, gerido por duas ou três pessoas, podendo n contribuir com as informações que por ora estão dispersas por vários blogues e sites. Em suma: uma Agenda Nacional.
Que vos parece?

9 comentários:

Nuno Adão disse...

Muito bem amigo fsantos,

Cumprimentos

Anónimo disse...

Creio que o Fascismo em Rede tenta ser, de forma mais abrangente, esse blogue. Mas o problema real é o que focaste nos teus desejos de Ano Novo. Fala-se de nacionalismo, mas ninguém sabe de qual...

Grande abraço e bom ano para a família toda

O Corcunda

Manuel disse...

As questões aqui colocadas merecem uma resposta mais alongada, mas vou tentar transmitir algumas reflexões que me ocorrem.
Em primeiro lugar, parece-me que o leitor e amigo referido pelo FSantos faz parte do que se pode chamar o "núcleo duro" dos leitores dos blogues nacionais, aquele número de leitores que é comum a todos ou à generalidade deles.
Não ignoro a existência deste "núcleo duro", que leva por vezes à observação de que os leitores são os mesmos em todos os blogues - circulam por eles todos.
Porém, tenho para mim como muito importante a convicção de que para além desse núcleo, que é comum, cada blogue tem o seu número maior ou menor de leitores que lhe é próprio e exlusivo, ou quase exclusivo.
Por isso acredito na utilidade e vantagem da existência do maior número possível de blogues, cada um com a sua especificidade e características singulares.
Se a minha ideia estiver certa, a existência de cada um acrescenta efectivamente algo ao todo, ainda que tanta pluralidade irrite os integrantes do "núcleo duro", que não têm tempo para acompanhar o que se passa em todos e preferem instintivamente a concentração à dispersão e diversidade.
Mas terei eu razão na minha convicção?
Creio sinceramente que sim, desde logo porque os blogues e seus autores são realmente diferentes. E procuro certificar-me verificando a origem dos visitantes, observação esta que me permite por exemplo afirmar com certeza que grande parte dos meus visitantes vem dos motores de busca. Ou seja, gente que foi procurar ao Google, ou outro qualquer, um tema, acontecimento ou personalidade que lhe interessa e foi encaminhado para o meu blogue.
Se mencionasse a estatística da origem dos visitantes por blogue ou sítio de onde vêm, também seria inegável que os meus visitantes não são os dos outros, e os dos outros não são os meus.Muito longe disso, acreditem.
Isto ajuda a entender porque vejo vantagens na aposta num grande número, em vez da concentração artificial. E, ao contrário, não vejo inconvenientes em que por vezes ocorram essas repetições de assuntos que são apontadas: essas repetições saltam aos olhos do tal "núcleo duro", não ao visitante ocasional, ao seguidor apenas deste ou daquele blogue, ou simplesmente a quem está de fora.
Mas semear a net com esses textos em múltiplos sítios parece-me excelente em termos de pesquisas; e sinceramente dou mais importância aos miúdos, ou a qualquer navegante perdido, que por necessidade escolar ou curiosidade intelectual procurem informação sobre temas, e encontrem a nossa informação, do que aos membros do "núcleo duro", que se enfadam porque já não precisam dela.
Creio que estas observações explicam porque sempre fui céptico quanto a concentrações ou fusões, e ao contrário sempre fui partidário de blogues individuais, muitos e diversificados.
Acrescento ainda que essa pluralidade me parece também estrategicamente mais adequada porque significa que nenhum individualmente fará grande falta por si só, quando desaparecer, e temos sempre que contar com a volatilidade tão própria da blogosfera.
São estas algumas das razões porque nunca me inclinei para blogues colectivos, que vejo como limitadores do campo de acção e não multiplicadores potenciais como o são os diferentes blogues indivduais.
Excepcionalmente, fui favorável ao "Pela Vida". Mas como se compreende facilmente este tem características originais: é um blogue de campanha, dirigido a uma missão concreta que é congregadora e mobilizadora de sensibilidades muito variadas, e é um blogue temático, centrado num assunto bem definido. Não se confunde com um diário generalista.
Passado este tempo que já decorreu, a minha impressão é que a experiência do Pela Vida não é nenhum sucesso estrondoso mas também não se pode rotular de fracassada, de modo algum. Tem cumprido razoavelmente a sua finalidade, e vamos a ver como o fará ainda até ao referendo (está na nossas mãos).
Finalmente, quanto à proposta da "agenda nacional": sou céptico, penso que o resultado seria mais ou menos o mesmo que um blogue de "blogues nacionalistas". Estreitava o campo, só lá iam os tais do "núcleo duro" (que não precisam).
Sugeria uma outra fórmula: vejo com mais utilidade e esperança uma espécie de "central de notícias", um centro difusor de notícias, eventos, campanhas, que por meio de uma lista difusora chegasse a todos os blogues e sítios da "área", e que cada um destes explorasse e difundisse a seu jeito. Deste modo estaria salvaguardada a liberdade e personalidade de cada um, mas conseguir-se-ia o efeito difusor e amplificador de "rede".
Sem cair na armadilha do guetto, que é sempre o que espera a afixação de rótulo ("blogues nacionalistas", "rede nacional", "agenda nacional", etc. etc.).
Agir como tal, sim, e eu tento fazê-lo. Dizê-lo logo, para afastar os estranhos, não...
E pronto... caramba, o que eu escrevi!

Anónimo disse...

Concordo plenamente com o alvitre do Manuel e parabéns por ter trazido este assunto a debate.

Maria

JSM disse...

Caro FSantos
O Manuel Azinhal é um estudioso destas coisas, com contributos interessantes que leio sempre. Neste comentário disse muito e penso que acertou. Em primeiro lugar, um dos valores da blogosfera é a sua diversidade que fica garantida quanto mais forem os espaços de intervenção. Por outro lado registo a necessidade inovadora de uma espécie de 'central de compras' de factos passíveis de serem divulgados, na diversidade de opiniões, e por conseguinte, com aumento de riqueza.
Um abraço.

Miguel Vaz disse...

O que falta mesmo é um NovoPress.info a funcionar ao máximo!

Vítor Ramalho disse...

Concordo com o Miguel.
Embora tenha vindo a melhorar, a Novopres precisa de começar a navegar a todo o vapor.

Anónimo disse...

"Fala-se de nacionalismo, mas ninguém sabe de qual..."

Este é que tem razão

e por isso o Manuel muito bem "concluiu"

Nacionalista disse...

Subscrevo a análise do Manuel na íntegra, e concordo com o Miguel Vaz na questão do Novopress. O problema é que as pessoas que actualizam o Novopress (uma ou duas) também fazem muitas outras coisas, tanto na net, como fora dela. O Novopress precisava de cinco ou seis pessoas que se dedicassem em exclusividade àquilo.