31 de Janeiro e 1 de Fevereiro são datas caras aos republicanos. A primeira evocam-na com emoção, lembrando a tentativa falhada de derrube da monarquia, que teve que esperar mais dezanove anos para ver outro putsch ter sucesso. A segunda evocam-na mais discretamente, pois nenhum quer admitir a filiação do regime instaurado em 5 de Outubro de 1910 num assassínio, ignóbil como todos os assassínios e mais ainda por ter visado a figura de El Rei D. Carlos, um homem bom e que era atacado abominavelmente pela corja que havia jurado derrubar o trono.
Os anos que medeiam entre 1910 e 1926 são do mais degradante que a nossa história conheceu, com o arbítrio da ala esquerda ligada a Afonso Costa, com as exacções da Formiga Branca, com as prisões arbitrárias, com a instabilidade governativa, com a entrada na I Guerra Mundial para dar legitimidade internacional ao regime.
Há 99 anos caíam D. Carlos e seu filho primogénito. Os republicanos rejubilaram com o crime e à família do Buiça nunca faltaram os donativos devidos a quem consumou a tragédia: tragédia humana pela morte das figuras reais e tragédia do país. O cortejo fúnebre acima retratado é bem a imagem do cortejo fúnebre em que a Pátria caíu.
1 comentário:
Datas em que é impossível não sentir uma enorme frustração, que ligamos inevitávelmente a confronto social, divisão entre os portugueses, à ideologia que destrói 'pátrias e homens'.
Destruição daquilo que construímos durante séculos - uma comunidade, uma comunidade livre, uma comunidade independente!
Saudações portuguesas.
JSM (Interregno)
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