Saúdo a coragem de alguns milhares de manifestantes que, nas ruas de Moscovo, se pronunciaram contra o férreo controlo do país por parte de Vladimir Putin. Com este no poder, a Rússia tornou-se uma coutada dos serviços secretos, de cujos quadros são originários mais de dois terços dos altos funcionários públicos e gestores de empresas públicas - em suma: quem decide da política governamental e quem gere os recursos do grande país. O presidente, também ele ex-KGB, vai gozando do beneplácito dos cobardes governos europeus, dispostos a todas as concessões por receio de retaliações ao nível do fornecimento de energia, como a Ucrânia e a pequena Geórgia já sentiram na pele. A sinistra figura goza ainda do beneplácito de muita gente que confunde autoridade com autoritarismo e (suposta) independência face aos EUA como uma virtude por si só.
Fala-se na hipótese de Gary Kasparov vir a ser candidato às próximas presidenciais. As chances de quebrar o monopólio do poder dos serviços secretos são, neste momento, quase tantas como as de um simples mortal bater o grande campeão de xadrez.
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