sábado, janeiro 12, 2008

Ilibado 75 anos depois

Informa o Frankfurter Allgemeine de ontem que o Supremo Tribunal Federal da Alemanha acaba de se pronunciar pela absolvição, 75 anos depois, de Marinus van der Lubbe, acusado em 1933 de ter pegado fogo ao Reichstag. A bizarra sentença resulta da aplicação de uma lei de 1998 que anula todas as decisões judiciais tomadas no tempo em que os nacional-socialistas estavam no poder na Alemanha.
O procurador Reinhard Hillebrand afirmou que esta posição é uma forma de repor a justiça histórica. Segundo a actual versão oficial da história, teriam sido os nazis a incendiar o Reichstag, como forma de aumentar o medo face ao perigo comunista, pretexto para o controlo total do estado e a liquidação da Constituição de Weimar.

1 comentário:

Anónimo disse...

Estamos perante mais um acto de distorção deliberada da História. Aliás, na tristíssima época em que vivemos, caracterizada por uma política de deliberada gestão da mentira, isto não é de espantar.

Na verdade, foi mesmo Marinus van der Lubbe quem pegou fogo ao Reichstag. Foi ele o autor material. Era um comunista violento, que apregoava que poria fogo ao parlamento (Reichstag) como forma de protesto. Os nazis aproveitaram a «deixa» e deram-lhe os meios, chegando a subornar os polícias de ronda para que se afastassem.

Só que Marinus era muito pouco hábil, e levou uma eternidade a pegar fogo às cortinas de um gabinete. Quando os agentes nazis (que ele julgava serem camaradas seus) lhe deram uma lata de gasolina para melhorar a «performance», o homem quase que pegou fogo a si próprio, antes de conseguir incendiar o edifício.

O resto é História, ou o seu encobrimento, como mais esta notícia vergonhosa, pela falsidade e intenção.

Se dissessem que os nazis instigaram o lunático van der Lubbe para que este cometesse o acto de vandalismo, estaria correcto. O que se fez, não está, de forma alguma, certo. É mais um acto da tal «gestão da mentira».