Há dias escrevi, a propósito dos blogues colectivos, que um dos riscos a eles associados era o de «concentrar os ataques dos anti-nacionais de serviço; a existência de um "blogue dos fachos", dos "reaças", dos "racistas" ou dos "nazis" (conforme a "inspiração" dos reducionistas de serviço) excita a veia insultuosa dos seus inimigos, concentrando comentários grosseiros e obrigando ao accionamento da moderação de comentários, que inibe o dinamismo dos debates».
A curta experiência do Pela Vida, aliás um meritório projecto, tem-no confirmado: os histéricos de serviço já o tomaram de assalto e estão sempre de teclado em riste preparados para o ruído e a destruição de qualquer possibilidade de troca de ideias.
Põe-se efectivamente a questão de saber se será um blogue colectivo a melhor forma de a blogosfera promover a defesa da vida ou se os contributos individuais de cada um no seu blogue não o fará melhor. Não tenho resposta definitiva mas aponto para a segunda hipótese. Sinceramente duvido que a afluência de leitores ao Pela Vida seja maior que ao blogue individual mais visitado de entre os colaboradores do projecto.
Um mérito deve no entanto realçar-se ao Pela Vida: o de concentrar argumentos contra o aborto, numa lógica não necessariamente concordante pois agrega opiniões baseadas em diferentes premissas. Mas todas convergentes na defesa do bem mais precioso: a vida.
5 comentários:
No caso concreto eu apoiei convictamente porque não se trata de eliminar nenhuma das trincheiras existentes, mas sim de abrir mais uma frente de combate.
Até agora parece-me que a experiência tem sido positiva, mesmo no número de visitas (na verdade ainda não ultrapassou o mais visitado dos blogues individuais apoiantes, mas creio que lá chegará).
O número e a diversidade dos participantes também é um ponto muito positivo.
O meu receio neste momento é sobretudo que a iniciativa estabilize na colaboração sistemática de dois ou três dos membros da lista, com os restantes apenas a encher a lista.
Nese caso, a virtude do sítio seria apenas a publicação num único local de um bom conjunto de textos sobre a temática, mas falharia o objectivo de um blogue realmente colectivo.
Para funcionar efectivamente como tal torna-se necessário assegurar a colaboração regular de um número maior de pessoas.
Quanto ao facto de se oferecer um alvo para os ataques concentrados, aí não vejo inconveniente. Temos é que ir oferecendo mais alvos, de maneira a desorientar a artilharia. Subsistindo os blogues individuais apoiantes, sem quebras, a soma deste é uma vantagem.
Subscrevo o sábio Manuel e acrescento: — Junta-te a nós!
E vão três!
Permíteme, querido FSantos, que te haga una pequeña contracrítica a tu post. Una bitácora, la que sea, donde se afirman principios no puede estar en función de sus detractores, sus enemigos o los que piensan de manera distinta. O, si puedo utilizar términos futbolísticos, no se puede jugar a la contra. En el terreno de los principios hay que afirmarse, “oportuniter et importuniter”, por parafrasear a San Pablo.
Pela Vida es un blog de principios. Y de uno de los principios más elementales, que es el defender siempre la vida del inocente y el jamás consentir con el asesinato del inocente.
Hasta aquí he hablado de estrategia.
Hablemos ahora de táctica. Otra cosa puede ser una bitácora de corte preeminentemente político. En lo político hay muchas áreas grises y hasta opinables. Ahí sí, por táctica, puede ser beneficioso jugar a la contra a veces. Ya ves, hasta a un equipo de fue de principios en tiempos, como el Real Madrid, ahora le va bien jugar a la contra.
Pela Vida es una bitácora axiomática, de principios inmutables. A mí me encanta y es genial.
Espero que Portugal no refrende jamás la muerte de los inocentes, infamia que atrae la venganza del Cielo, como está sucediendo ya y sucederá aún más en esa otra Patria hermana de la portuguesa, España, a la que hace 35 años todavía llamaban “la reserva espiritual de Occidente”. De eso, evidentemente, ya no queda nada.
Menos mal que todavia nos queda Portugal. Y espero que por mucho tiempo en la defensa de la vida del inocente.
Rafael Castela Santos
Sinceramente, acho que faz sentido um movimento de blogues individuais que encontrem eco num blogue colectivo com alguns "colaboradores" fixos e outros eventuais, esporádicos, que "não sejam dali". É isso que o Pela Vida tem feito, mas concordo com o Manuel quando reafirma a necessidade de ataque em várias frentes. Por isso criei um logotipo para blogues individuais; por isso o Timshel publicou uma lista de Blogs pela Vida. Por muito que custe a alguns do "nosso lado", o que se está a fazer (também) é política.
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