Desconheço se vamos ter, um ano depois, um verão ainda mais quente que o habitual no Médio Oriente. Agora que a Fatah e o seu todo poderoso chefe da "segurança", Dahlan, foram varridos de Gaza, Israel sente-se mais à vontade para recomeçar os ataques contra um território agora identificado como reduto do Hamas, portanto reduto de terroristas.
Todo o estado-maior israelita deve saber que estas incursões não resolvem o problema do terrorismo nem da segurança de Israel. O que levanta a questão de se saber qual o efectivo objectivo destes ataques, que muito provavelmente será de manter a tensão (pelo terror - este de Estado) e de minar o governo do Hamas.
O Ocidente, sempre pronto a promover a democracia no mundo, em especial no Médio Oriente, logo que o Hamas ganhou as legislativas, fez tudo para o isolar e tornar de facto quase impossível a sua governação. Houvesse ou não intenção de o movimento islâmico procurar alguma via para a paz, ela ficou cortada à partida com a adopção pelo "mundo livre" da agenda israelita. O que também não é nada de novo. Manda quem pode, pode quem manda.
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