sexta-feira, novembro 16, 2007

Corrente aleatória

Instam-me dois prezados confrades, a Gazeta e o Dragão, a que
1. Pegue no livro mais próximo, com mais de 161 páginas;
2. Abra o livro na página 161;
3. Na referida página procure a 5.ª frase completa;
4. Transcreva na íntegra para o meu blogue a frase encontrada;
5. Aumente, de forma exponencial, a improdutividade, fazendo passar o desafio a mais 5 bloggers à escolha.
Posto isto, fechei os olhos e tacteei pela estante mais próxima. Do primeiro livro com mais de 161 páginas que encontrei transcrevo algumas (e não apenas a quinta) frases da página 161, de modo a ampliar e justificar o pensamento (e presciência) do autor (autor que sei ser do agrado dos dois blogadores citados).
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«Uma China plenamente industrializada seria, passadas duas ou três décadas, o fim do Japão como país industrial e, portanto, como grande potência. No dia em que a China estiver industrializada poderá, devido à posse de uma mão-de-obra mais barata do que a do Japão, exportar para todo o mundo a preços muito mais reduzidos do que os Japoneses, exactamente como o Japão vendia os seus produtos em todos os mercados a preços muito inferiores aos dos Estados Unidos e da Inglaterra. Para Tóquio, a industrialização da China não era só a perda do próprio mercado chinês: era a perda dos mercados japoneses em toda a parte. O Japão, portanto, tem de intervir no desenvolvimento futuro da China, e procurar coordená-lo com o seu, sem que isso implique, necessariamente, um contrôle militar ou territorial. Finalmente, uma China poderosa e hostil seria um sobressalto contínuo para a vida do arquipélago.»
Franco Nogueira, "A Luta pelo Oriente", segunda edição, Ática, 1962.
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Desafio, agora, ao mesmo exercício a paciência de três confrades: o Pedro, o Nonas e o Manuel.

1 comentário:

Anónimo disse...

Um grande português do século XX. Dum tempo em que a visão deste país ainda não se resumia à traseira da parelha que o leva a reboque.

Abraço