segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Escolha da morte

"É preciso acabar com o preconceito", clama Maria José Alves, médica da Maternidade Alfredo da Costa (MAC) e da associação Médicos pela Escolha, perante o número de abortos clandestinos que se continuam a praticar em Portugal, seis meses após à entrada em vigor da lei que autoriza aquela prática até às dez semanas de gravidez.
O "preconceito" é na verdade a vergonha que certas grávidas sentem em abortar, preferindo fazê-lo clandestinamente, seja por quererem ocultar o acto de familiares e amigos, seja por sentirem no seu íntimo que estão a fazer algo de errado; este último sentimento pode derivar da sua educação, que ainda pode ter deixado um resquício da noção de pecado, ou pura e simplesmente da noção clara de que se está a atentar contra a Vida, algo que os Médicos pela Escolha querem ver erradicado de vez da mentalidade portuguesa.

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