Desafiam-me os amigos Sarto e Mário a discorrer sobre a obra de Fernando Lopes Graça, que nasceu fez ontem 100 anos. Lamento desiludi-los (pelo menos em parte), pois não sou profundo conhecedor da mesma.
Conheço e aprecio a "História Trágico-Marítima, para barítono e orquestra". Nunca ouvi "Requiem pela Vítimas do Fascismo em Portugal" pelo parti-pris ideológico que lhe subjaz, desde logo no título. Vindo de um comunista empedernido será uma lição de moral mais que equívoca.
Da sua música de câmara a impressão que tenho é que é demasiado árida e pouco cativante. De clara influência bartokiana, reteve do mestre a técnica e o estilo de composição mas não aquele toque de génio que não é apanágio de qualquer um.
Conheço e aprecio a "História Trágico-Marítima, para barítono e orquestra". Nunca ouvi "Requiem pela Vítimas do Fascismo em Portugal" pelo parti-pris ideológico que lhe subjaz, desde logo no título. Vindo de um comunista empedernido será uma lição de moral mais que equívoca.
Da sua música de câmara a impressão que tenho é que é demasiado árida e pouco cativante. De clara influência bartokiana, reteve do mestre a técnica e o estilo de composição mas não aquele toque de génio que não é apanágio de qualquer um.
Da obra de Lopes Graça o mais perene serão as suas obras de inspiração popular, sobre cuja fidedignidade ao original não tenho condições de me pronunciar mas que à primeira audição destilam portuguesismo em grande escala, sendo de uma simplicidade e clareza desconcertantes. Pelo menos uma das lições do grande Bartók - a recolha das grandes tradições do folclore nacional - foi aprendida pelo seu émulo português.
3 comentários:
Obrigado.
Abraço.
Caro amigo, com atraso imerecido, agradeço as explicações prestadas. Vou ver o que consigo encontrar editado desta "peça" na área que aconselhastes, embora eu sinceramente - confesso-o - também estivesse curioso em saber o teu juízo acerca do "Requiem".
Um abraço.
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